Salut tout le monde ! No post de hoje eu conto como atingi o nível C1 no TCF estudando sozinha! Uma das minhas metas pessoais para 2017 era alcançar o nível C1 no Francês e, sendo autodidata, uma boa maneira de mensurar minha evolução era realizando um teste deste tipo.

Para quem não sabe, o TCF é um dos testes oficiais aplicados pelo CIEPCentre International d’Études Pédagogiques – órgão oficial do Governo Francês e do Ministério da Educação, que regulamenta a aplicação dos testes de proficiência da Língua Francesa ao redor do mundo.

O método que utilizei para estudar para o TCF foi, de um modo geral simples, mas antes de contar como estudei e qual material utilizei, vou tirar algumas dúvidas. Vem comigo!

Por que realizar um teste de proficiência?

Existem vários motivos pelos quais uma pessoa pode realizar um teste de proficiência da Língua Francesa. Você pode simplesmente querer mensurar o resultado dos seus estudos, por exemplo, mas existem várias situações em que um atestado do idioma pode ser obrigatório para não-francófonos:

• Integrar uma formação em uma Universidade ou Escola Francesa;

• Solicitar naturalização, cidadania ou residência Francesa;

• Candidata-se para uma vaga de emprego na França ou em Quebec no Canadá;

Quais os tipos de teste de proficiência em Francês?

Existem três tipos de testes de proficiência em Francês. Veja quais são e suas particularidades:

TCF – Test de Connaissance de Français: O TCF é um teste que contempla as provas obrigatórias Compreensão Oral, Compreensão Escrita e Gramática. Você pode comprar as provas de Expressão Oral e Expressão Escrita separadamente.

O TCF possui cinco modalidades que devem ser consultadas junto ao CIEP dependendo da sua necessidade. Se você for imigrar para o Canadá, por exemplo, você deve realizar o TCF Quebec.

A prova é aplicada no Brasil através da Aliança Francesa a cada 2 ou 3 meses e tem validade de 2 anos.

DELF – Diplôme d’études en langue française (Níveis A1, A2, B1 e B2) é um certificado que não possui prazo validade e que avalia todas as esferas da língua: gramática, expressão oral e escrita e compreensão oral e escrita.

DALF – Diplôme approfondi de langue française (Níveis C1 e C2) assim como o DELF, não expira e avalia seu desempenho 360º.

O DELF/DALF também possuem várias modalidades. Recomendo contatar a Aliança Francesa para esclarecer qual se adequa à sua necessidade. Têem um calendário de provas mais restrito, sendo aplicado somente duas vezes por ano então é importante ficar atento às datas. Por se tratar de diplomas que não possuem prazo de validade, também são mais rigorosos em seu conteúdo.

A maior diferença entre o TCF e o DELF/DALF é que o no caso do TCF você realiza a prova e saberá seu nível de acordo com a pontuação alcançada. Já o DELF/DALF você escolhe o nível que deseja tirar a certificação (A1, A2, B1…) e realiza a prova. Caso não alcance a pontuação mínima, o valor pago não é reembolsado e você precisará fazer outra prova.

Qual teste realizar: TCF, DELF ou DALF?

Depende muito do propósito, prazo e segurança que você tem em relação ao seu nível.

O DELF é para atestar os níveis A1, A2, B1 e B2, já o DALF se destina aos níveis avançados C1 e C2.

Se você está certo do seu nível, sugiro que faça o DELF/DALF que não tem prazo de validade e fará somente uma vez.

O TCF é mais flexível, acontecem mais provas por ano e é ligeiramente mais fácil que o DELF/DALF.

Porque eu (Eli) realizei o TCF?

Eu gostaria muito de validar meu conhecimento porque desde que comecei a estudar Francês sozinha não tinha uma ideia real do meu nível. E em meados de setembro de 2017 uma amiga minha me convenceu a enviar minha candidatura para estudar na França em 2018. Eu já havia perdido o prazo de inscrição para o DALF C1, que era o nível que eu tentaria por exigência dos cursos os quais gostaria de me candidatar.

Como perdi o prazo, eu comprei todas as provas do TCF, pois algumas Universidades podem exigir as obrigatórias + Expressão Oral e Expresão Escrita. Meus resultados:

Eu fiquei bem feliz em ter alcançado o nível C1 nas provas obrigatórias, mas um pouco decepcionada com o B1 na Expressão Oral. A gente fica obviamente super nervosa na hora da prova e para completar, depois que terminamos os diálogos o senhor que aplicou a avaliação disse que teríamos que fazer tudo novamente pois, o aparelho não havia gravado as nossas conversas :/

Mas também faz sentido eu morar no Brasil, pouco conversar em Francês e como resultado, ter tido uma nota mais baixa nesse quesito. O que dependia somente de mim foi bem 🙂

Qual Material utilizei para estudar para o TCF?

Sou muito a favor de livros impressos, então comprei um método mais atualizado para estudo do TCF + uma gramática de nível avançado:

TCF – Test De Connaissance Du Français

Grammaire Progressive Du Français Perfectionnement

Grammaire Progressive Du Français Perfectionnement – Corrigés

Também usava dois sites voltados para o TCF:

TV5 Monde

Savoirs RFI

Valiosíssimos para treinar.

Como eu estudei para o TCF?

Seguindo minha rotina de estudo eu não havia ainda chegado em um livro do nível C1 e mesmo assim, a meta topetuda era alcançar o nível C1 no TCF estudando sozinha. Eu coloquei em prática de maneira mais acelerada todas as dicas aqui do blog: leitura, rádios, programas, filmes e tudo que tinha direito.

Ouvia durante o trabalho (o dia inteiro) notícias em Francês e dedicava 2 horas/dia de estudo com o material que comprei. Separei o estudo da seguinte forma:

Semana 1: Gramática

Primeiramente eu fiz um teste para saber meu nível: B2.

Em seguida anotei todos os erros e estudei em cima deles por 1 semana. Corrigi a gramática e fazia exercícios do Grammaire Progressive além de outros exercícios disponíveis na internet.

Realizei um segundo teste: B2.

Semana 2: Compreensão Oral

Na semana seguinte foquei nos testes dos sites dando mais atenção à compreensão oral. Também pesquisava outros sites para diversificar os exercícios.

O grande segredo aqui é que eu lia a pergunta e as opções de respostas enquanto o exercício rodava. Com isso, eu já tinha uma boa ideia sobre o que seria a pergunta. No começo eu me atrapalhava toda. Não conseguia entender o que era dito e nem o interpretar direito as opções das respostas mas, com o tempo e MUITO treino e paciência, ficou fácil ler o enunciado, escutar o diálogo e ler as opções de respostas.

Realizei um terceiro teste: B2.

Semana 3: Gramática + Compreensão e Expressão Escrita e Oral

Como eu tenho muita facilidade na leitura, foi a área a qual menos dediquei tempo. Via através dos resultados dos testes anteriores que errava apenas uma questão ou nenhuma. Com isso, forcei mais na Gramática e Compreensão Oral. Sempre corrigindo

Escrevia textos dentro do tempo estabelecido pelas normas do teste e nos temas propostos pelo livro. Depois de escrever 5 textos enviei um para uma amiga francesa corrigir. Me retornou com poucos erros.

Realizei um quarto teste: C1.

Semana 4: Gramática + Expressão Oral

Na semana que antecedia ao teste marquei uma ligação com minha amiga (santa) francesa e ela fez algumas correções. Treinamos dois dias por uma hora. Gravava meus discursos, repetia em frente ao espelho.

Também fiz mais 3 testes múltipla escolha e em todos eles eu consegui o C1!

Estava pronta e confiante! Agora era só aguardar a hora da prova.

No dia da prova o professor conduz tudo com muita calma e clareza. Para minha surpresa, no teste de Compreensão Oral, nós temos um intervalo de 10 a 15 segundos para assinalar a resposta então como eu lia durante a execução do áudio, me sobrava tempo para ler a pergunta seguinte. Isso facilitou e me acalmou muito no dia. Quando eu estudava não tinha esse break. Era tudo atropelado, então no dia da prova, por incrível que pareça, eu estava no céu!

E agora Eli?

Sim, eu consegui o resultado que queria e enviei minha candidatura para algumas Universidades Francesas. Esperei todo esse tempo para falar desse teste porque estava realmente torcendo para dar tudo certo com a minha candidatura. E deu! Eu fiz um post onde conto como foi o processo, para onde vim e qual curso escolhi!

Espero que as dicas te ajudem!

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